À espera de uma estréia


O torcedor celeste aguarda ansiosamente pela estréia de Wágner em 2009. Digo isso porque, depois de 13 jogos na temporada, dos quais o meia esquerda participou de 9 (2 no Torneio de Verão, 3 na Libertadores e 4 no Mineiro), Wágner simplesmente não contribuiu em nada para o time.   Sua passividade pode ser  representada por números  : nenhum gol e 1 cartão amarelo. Não fosse tal registro disciplinar, seu nome sequer constaria na lista dos acontecimentos das partidas disputadas.

Neste domingo, no empate diante do Tupi, em pleno Mineirão, a torcida demonstrou todo seu descontentamento com as recentes atuações do então capitão celeste. As vais recebidas pelo jogador ao fim do jogo foram merecidas. Wágner teve por diversas vezes a bola em seus pés, mas sua capacidade de criação foi nula. Isso para não comentar das péssimas cobranças de faltas e escanteios. De fato, ele nunca foi um craque. Vive de lapsos de brilhantismo. E foi dessa forma que conquistou a torcida, ao logo dos seus 200 jogos com a camisa estrelada. Com alguns gols decisivos e boas assistências, ganhou destaque na mídia nacional e chegou a ser cobiçado por times do exterior. Seu talento é inegável, mas no futebol competitivo de hoje em dia, só isso não basta. Ultimamente, Wágner tem sido omisso. Passa longe das boas atuações de 2008, quando foi peça fundamental da boa campanha do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro.

Nosso camisa 10 deve se enxergar como o cérebro do time. Com sua participação ativa nos jogos, abrindo espaços, se movimentando, marcando e, principalmente, servindo seus companheiros, o jogo do Cruzeiro vai fluir de forma mais tranqüila. Só depende da vontade de Wágner. Uma boa pressão pode vir do banco. Gerson Magrão, apesar de ser um jogador voluntarioso, e só, não assusta, mas Bernardo sim. O garoto, que fez hoje sua quinta partida como profissional, tem correspondido às expectativas. Não que ele tenha feito chover por onde jogou, mas vai aos poucos se entrosando com o grupo e construindo boas jogadas. Já ‘roubou’ de Wágner as bolas paradas do time. Em breve, pode também roubar a camisa 10. Seria muita responsabilidade para um menino de 17 anos? Talvez, principalmente se pensarmos que temos uma difícil caminhada na Libertadores. Seu retrospecto o credencia, e a falta de atitude de Wágner torna as coisas mais fáceis.

Vamos então esperar o desenrolar dos fatos. Vai ver, Wágner resolve dar as caras em 2009. Seria uma boa para todos. O Cruzeiro só tem a ganhar com a volta do futebol objetivo de nosso camisa 10.

Em tempo, aqui vai minha apresentação. Sou Daniel Hott, novo colunista do site, e esse é meu primeiro texto. Serei mais um dos colaboradores do GDG. Futebolisticamente falando, vim pra somar. Espero que todos gostem e que possamos discutir muito sobre nosso Cruzeiro. Qualquer contato, deixe seu comentário nos artigos.