A nova cara do Cruzeiro


A nova cara do Cruzeiro - Cruzeiro Esporte Clube - Fotos: Vipcomm

Comandado pelo técnico Marcelo Oliveira, time Azul espanta a bruxa que assombrou a Toca, nos últimos dois anos.

Confesso que quando o nome de Marcelo Oliveira foi anunciado como novo técnico do Cruzeiro, coloquei em julgo o tal projeto da nossa diretoria. Entretanto, o atual cenário Celeste tem sido motivador e ao contrário dos dois últimos anos, ao que tudo indica, temos um time (e uma diretoria) com sede de títulos. É claro que Marcelão banca o teimoso e deposita confiança em peça que não são merecedoras. Sim, estou falando de nomes como o de Luan – não gosto (na verdade, detesto) desse jogador. Entretanto, caros colegas, precisamos nos render e admitir que o comandante Azul tem feito um bom trabalho à frente do Clube Estrelado.

Começamos por um antigo anseio particular e de grande parte da torcida: a valorização da base. E isso ficou evidente, no último sábado. O papa-léguas que foi batizado como Élber infernizou a defesa do Vitória e mostrou que a reserva não intimidou o jovem garoto. O meu menino, Lucas Silva, também não decepcionou e jogou muita bola. Outro destaque foi o promissor Vinícius Araújo e mostrou que o banco de reserva foi bom para a pontaria. Além desses, temos um menino magrinho que é, simplesmente, espetacular com a bola nos pés e o nosso Mayke, aparece dentro das quatro linhas com postura de veterano – fico babando quando o rapaz levanta os olhos e coloca as bola coma “mãos” em seu devido lugar.

Esses meninos, ao lado de atletas como Messinucci, Dagol, Nilton, Dedé – ainda tenho fé em nosso zagueirão – e Everton Ribeiro (sei que esse último transita por partidas um tanto quanto irregulares, mas é um excelente nome do grupo), renderão bons frutos para essa temporada. A priori, imaginei que 2013 seria o ano de projetos. Contudo, o time tem mostrado que podemos sonhar com algo que vai muito além de um simples planejamento.

O ano tem sido muito mais animador do que eu havia imaginado. Porém, a cada ida ao Mineirão, volto mais decepcionada com parte da torcida. Vaias e a infeliz prova que a elitização contemporânea tem afetado diretamente o nosso futebol. Sinto saudades daqueles moleques que invadiam a Geral e cantavam durante todo o jogo e incorporava o canto: “Oh meu pai, eu sou Cruzeiro meu pai…” Saber que a torcida tem aderido em peso ao projeto Sócio Torcedor e que isso tem sido refletido em contratações dentro de campo é muito satisfatório. Mas peço aos nossos excelentíssimos sócios – e quem sabe novos frequentadores de Mineirão – que passem a respirar e vivam verdadeiramente o SER Cruzeiro Esporte Clube. Aí sim, teremos chances reais nesse Brasileiro e tenho certeza que poderemos “brigar” lado a lado com times como Inter, Grêmio Corinthians.