Adeus, gênio!


O futebol se entristece. Hoje, dia 07 de dezembro de 2014, um gênio se despede dos gramados. Aos 37 anos, e com uma trajetória vitoriosa, Alex faz sua última partida profissional, pelo Coritiba.

A sua passagem pelo Maior de Minas é marcante. Não tanto pela primeira vez em que vestiu a camisa celeste, no ano de 2001, mas pela sua segunda passagem, entre 2002 e 2004. O ‘Talento Azul’, como ficou conhecido, foi o grande pilar da inesquecível conquista da Tríplice Coroa, onde o Cruzeiro, com absoluta superioridade, venceu o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, no ano de 2003.

Atuações memoráveis. Gols antológicos. Regularidade absurda. Com essas e muitas outras características, Alex fez uma das maiores temporadas de um jogador na história do futebol brasileiro. Por mais difícil que estivesse o jogo, em um lance, em uma jogada, ele era capaz de desequilibrar. Como se esquecer do gol de letra, em um Maracanã lotado, numa decisão de Copa do Brasil? Como se esquecer do gol espetacular contra o São Caetano, ainda na primeira rodada do Brasileirão? Como se esquecer do jogo da taça, contra o Fluminense, em mais uma partida sensacional e mais um gol antológico? Como se esquecer dos cinco gols marcados contra o Bahia, que o tornou maior artilheiro do Cruzeiro em uma edição de Campeonato Brasileiro?

Alex foi um camisa 10 que honrou a escola cruzeirense de jogadores técnicos, clássicos. É um dos mais incontestáveis ídolos que por aqui passou. Foram 124 jogos, 64 gols e 61 assistências. Eternamente será lembrado: no coração de todos os cruzeirenses, e no manto celeste. E quando qualquer desavisado perguntar por que o Cruzeiro traz uma coroa em seu uniforme, tenho certeza, a primeira coisa que virá a mente é o nome de Alex, por tudo o que ele representou.

Em nome da China Azul, agradeço por todas as alegrias proporcionadas, e desejo a você muita felicidade nesta nova etapa da sua vida.

Obrigado, Alex. Obrigado, Talento Azul. Nunca nos esqueceremos.

Por: Pedro Henrique Paraiso