Blindado com o Cruzeiro #BlindadoComOCruzeiro


Quem vê a festa que se fez na mídia pela primeira derrota do Cruzeiro Esporte Clube no Mineirão, acha que o clube realmente está num mau momento. Desavisados podem inclusive pensar que uma crise está instaurada na Toca da Raposa. Mas aí os mais atentos resolvem pegar a tabela do campeonato. Cruzeiro com 59 pontos em 27 jogos, melhor aproveitamento da história dos pontos corridos, líder isolado e com 11 pontos de vantagem para o segundo colocado. Gente, chorar pra que?

Sou daqueles que pensa que derrotas nunca vem para bem. Os erros apresentados tem que ser corrigidos quando o time está vencendo também. Ajustes sempre são necessários, um time nunca joga uma partida perfeita durante 90 minutos. Vencedor é aquele que aproveita melhor a instabilidade adversária e minimiza seu percentual de erro. Falando assim, futebol parece matemática. Felizmente não o é. Mas em alguns traços, podemos colocar a boa e velha aritmética do Professor Girafales em uso, para explicitar pontos chave da campanha celeste e caso me permitam, cobrar três atitudes simples da torcida azul nesse fim de 2013.

Primeiramente: A torcida precisa urgentemente parar de enxergar no Dagoberto um craque que ele não é nunca foi e nem será. É apenas um bom jogador, útil ao estilo de jogo proposto e que não tem vaga entre os titulares. É notória a preguiça e má vontade desse cidadão para com o time. Tirando que ele simplesmente não faz gol. Os que surgiram no início da trajetória foram de pênalti. Claro que existe um mérito em acertar o chute da marca da cal. Mas efetividade, participação, marcação, luta, vontade… Isso inexiste no camisa 11. É útil para alguns jogos, pois é um atleta com bom recurso técnico. Mas que nunca aconteceu de fato para o futebol devido a sua apatia. Menos gritos de Dagoberto, mais apoio a quem está em campo.

Segundamente (sem referências ao rival de domingo): Por que a torcida esteve tão devagar na quarta feira? Acredito que com a boa campanha, muitos torcedores que não tem o costume de ir ao estádio se sintam tentados a ir ao jogo. É louvável, especialmente se aderirem ao programa de Sócio, que rende benefícios ao Cruzeiro em curto e médio prazo, como podemos comprovar nesse ano. Mas torcedor que vai ao campo, tem que apoiar. Tem que cantar. Não sabe a música? Pergunta pra quem tá do lado. Presta atenção, ouve. Durante momentos em que o time tocava a bola, percebi várias reações de impaciência da torcida. Isso é uma estratégia da equipe. Quem precisa ficar nervoso é o inimigo. Vamos jogar com o time, por favor? Participar, não aderir a um comportamento coxinha? São 22 jogos com 20 vitórias no Mineirão. Isso é muita coisa e prova a grande relação que existe entre os guerreiros dos gramados e da arquibancada. Vamos manter isso para garantir o quanto antes essa taça.

O último detalhe: Otimismo é bom, confiança também. Certeza de vitória é suicídio. Faço o mea culpa, achei que iríamos atropelar o São Paulo na quarta, tinha indícios para concluir isso. O oba oba tomou conta de nossa torcida em quase totalidade. Pode parar minha gente. Somos Cruzeiro, o sentimento não vai parar. Mas foco restrito a cada jogo, a vantagem é boa, mas não é decisiva. Pro inferno a quem diz que seremos campeões com mais 5 vitórias. Matematicamente, vamos assegurar com o caneco com 82 pontos. Sendo assim, precisamos de 23 nos 33 restantes. 8 vitórias, ou 7 vitórias e 2 empates. Mas vamos pensar jogo a jogo, pois esses dados podem se alterar a cada tropeço da galera que vem nos perseguindo. E a cada vitória que alcançamos nos aproximamos disso. Contenhamos a empolgação para só comemorar quando de fato, formos campeões. Quem morre de véspera é franga.

O negócio é largar a matemática e aplicar a física nesse domingo. É com esse espírito que devemos enfrentar o segundo time de Minas no Independência. Não se preocupar com nada fora das quatro linhas, apenas focado no campo, pois somos muito superiores a esse atual time do rival. É esquecer todos os números para focar em apenas um dado que é de fato relevante: a conquista dos 3 pontos. Nesse momento, convido a todos os torcedores para que continuem engajados na batalha rumo ao nosso Tricampeonato Brasileiro. A hashtag #FechadoComOCruzeiro se tornou um dos símbolos dessa temporada marcante do nosso clube. Que além de fechados, cada um esteja #BlindadoComOCruzeiro. Contra a inveja, o olho gordo, os rivais, a CBF, a juizada, contra tudo. Acreditemos, respeitemos cada jogo como a decisão que de fato é. E pra fechar com uma frase do poeta Leminski, daqui a pouco, “distraídos venceremos”. Aguardem, confiem e apoiem. Vai valer a pena.