Cruzeiro de Mano Menezes em fase de testes


Fala, guerreiros

Alguém aí de cabeça inchada?

Após o empate de ontem contra o Boa Esporte, fiquei muito surpreso ao ver o “desespero” de alguns cruzeirenses. Parecia que havíamos perdido uma partida de Libertadores, sei lá. Talvez se justificasse pelo fato do Cruzeiro ter apresentado um desinteresse enorme com o jogo, especialmente na segunda etapa, mas o campeonato mineiro não é o laboratório? Então calma!

O jogo

Falando sobre a partida, enxerguei o time com a cara do Mano no primeiro tempo. Jogo equilibrado, sem dar espaços ao Boa Esporte e aproveitando muito bem a bola parada. O lado esquerdo do time contou com a novidade de Marquinhos Gabriel que, inclusive, teve uma boa estréia. Ele foi a válvula de escape pelo lado esquerdo, dando muita velocidade e profundidade ao time. Infelizmente ainda não tem o entrosamento para chegar na linha de fundo e já saber onde os companheiros estão, mas gostei muitíssimo da que vi. Agora só nos resta esperar para ver como se sairá na sequência dos jogos.

Um segundo tempo sonolento

Em contrapartida, o segundo tempo do Cruzeiro foi de um total desinteresse pelo jogo. Pareciam 11 jogadores em campo segurando uma vantagem nos minutos finais. Os destaques negativos, pra mim, foram os laterais e o jovem Murilo, que acabou expulso. Para o padrão que o Mano emprega neste time, o preço que se paga por ter atletas de defesa em noite pouco inspirada é grande. O forte do Cruzeiro é seu sistema defensivo e a maneira com que o time se posta e compete com o adversário. Até por isto vamos muito bem em confrontos decisivos, no qual o time entra com uma concentração altíssima e praticamente não erra lá atrás.

Apesar da segunda colocação e o gosto amargo do empate, não é momento para se desesperar e crucificar ninguém. Estamos vivendo um período de teste e recondicionamento técnico e físico, que acabará em Março, na estréia da Libertadores. Até lá, Mano e jogadores, terão tempo para errar e aperfeiçoar cada vez mais.

Por: Paulo Pianetti