Cruzeiro: Despedida de um Guerreiro na véspera de luta contra o Leão


Salve nação celeste! Hoje é dia de matar um Leão em casa! Trocadilhos à parte, o Cruzeiro tem uma missão difícil hoje no Mineirão. O Leão da Ilha do Retiro que está na zona de rebaixamento virá com tudo para cima do Guerreiro dos Gramados  para abocanhar ao menos um pontinho fora de casa. 

Ontem especulava por aqui a volta do meia Wagner e até mesmo do meia Dudu. O que não aconteceu, sequer foram relacionados para o confronto contra o Sport- Pe, e realmente com o Adílson não dá pra tentar adivinhar muita coisa. Se tivesse que arriscar, diria o seguinte: Fábio no gol, Kleber no ataque, Henrique e Paraná em qualquer posição! O restante da equipe, não arriscaria. Dúvida na zaga, dúvida na armação, realmente o técnico do Cruzeiro é mestre na arte de esconder. Certo é que teremos uma equipe forte em campo, mesmo que a zaga não seja a titular. Diga se de passagem, todos comentam sobre o desempenho da zaga, que na Libertadores era um, e no brasileiro é outro.

O detalhe está na marcação. Volantes por todos os lados não significa que o time terá uma marcação certa, pelo contrário, nossa marcação é muito falha no brasileiro, já que o time vai com todo o seu ímpeto ao ataque, e deixa desguarnecida sua defensiva, fazendo com que por exemplo, Leonardo Silva mate uma jogada e seja expulso, isso independente se antes foi ou não falta do atacante nele, a marcação falhou, todos vão para o ataque correndo e voltam andando para defender.

Me recordo que antes das quartas de final da Libertadores, o então técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, disse que “ Cruzeiro era uma equipe muito boa, e que às vezes irresponsável”, pois em alguns momentos atacava com os dois laterais na linha da bola. Pura verdade, um lateral cruza e o outro está na área para tentar finalizar, se perde a bola, os volantes não estão devidamente posicionados na cobertura, aí é um Deus nos acuda, ou o zagueiro dá bote certo na bola, ou bote certo no adversário. Precisamos reencaixar a marcação, assim voltaremos a ter o contra ataque fatal, que decidia muitos jogos a nosso favor no início do ano e em 2008 também.

A notícia que pegou a todos de surpresa, pelo menos a mim, foi o anúncio da aposentadoria de Sorín. Pelas palavras do ídolo da torcida do Cruzeiro, o que culminou nessa decisão agora foi a falta de espaço para ele no elenco. Ele está visivelmente magoado com o técnico Adílson Batista por já se achar em condições de participar das partidas, e não ter sido aproveitado, ele mesmo já estava com os planos de parar, queria que fosse em campo, mas algo que não sabemos detalhadamente ocorreu para que ele fizesse isso. Como excelente profissional que sempre foi, não quis criar “rachas” no elenco, e saiu por cima, dando um tapa de luvas em Adílson Batista, com sua inerente categoria.

Entendo que Sorín merecia estar no clássico contra o Atlético MG, merecia estar na final da Libertadores, não pelo seu passado, mas sim pelo presente, pois ele machucado e com um pé nas costas é sem dúvidas melhor que Athirson, que tanto no clássico quanto na final ANDOU em campo. E se fui obrigada a ver no clássico o PÉSSIMO Jancarlos também ANDANDO em campo, por que não o Sorín? Se era desfile de atletas mal condicionados fisicamente, o Sorín com certeza seria o MISS CLÁSSICO! E sairia aplaudido da final da Libertadores, mesmo que falhasse como Magrão e como Thiago Heleno. Em momento oportuno, falarei mais desse assunto. Mas acredito que Sorín repense essa decisão. Perdemos um Guerreiro nos campos, umverdadeiro Leão, que nunca se omitiu a lutar com a camisa estrelada.

Confio em uma vitória hoje, que é de extrema importância na árdua tarefa de chegar ao G-4 no Brasileiro 2009.
Abraço!
Até a próxima!