CRUZEIRO GIGANTE! (Cruzeiro 4 x 2 Corinthians – Copa do Brasil 4ª de final)


Salve, guerreiros!

Gigante é a palavra que hoje melhor define a vitória celeste nesta quarta-feira (19/10) sobre o Corinthians pela Copa do Brasil. Gigante pelo adversário, gigante pelo placar, gigante pela torcida. O que vimos no Mineirão foi um espetáculo para o bom apreciador de futebol. Um confronto que poderia ter classificado qualquer um dos dois pelas circunstâncias. O placar foi favorável à Raposa por apenas um gol, isto é, o 4 x 3, por exemplo, e os paulistas estariam comemorando a vaga, que foi trocando de mãos ao longo da história do jogo como explanaremos abaixo.

O jogo

O Cruzeiro já entrou em campo eliminado pelo 2 x 1 nos primeiros noventa minutos da decisão disputados em São Paulo, por isso, seu ímpeto inicial. Marcando com eficiência, em cima dos Corinthians, o Cruzeiro não cedia espaços e rondava o gol paulista. Mas a bola não chegava na frente com qualidade. Um fato então muda a narrativa desta batalha épica no Mineirão: Rafinha sente a coxa e é substituído por De Arrascaeta, esse mesmo que anda preterido pelo treinador Mano Menezes de uns tempos para cá. O uruguaio parece disposto a deixa claro ao treinador que não deveria estar fora da equipe.

Suas primeiras intervenções na partida já começam a incomodar a defesa alvinegra e nosso líder de assistências no ano mostra porque o é, cruzamento preciso para Ramon Ábila abrir o marcador e trocar de mãos a vaga à semifinal. A partir de então, o Cruzeiro comete um dos maiores erros que um time pode cometer em mata-mata: colocar o regulamento debaixo do braço e recuar o time. O time paulista que não é bobo, aproveitou-se disso e empurrou o Cruzeiro em seu campo e não demorou muito a retomar a classificação momentânea. Rodriguinho sobe mais que Edimar (que não atravessa bom momento) e cabeceia para o fundo do gol de Rafael.

O Cruzeiro então retoma as ações, mas oferta preciosos contra-ataques ao Corinthians, mas o empate por um gol mantem-se até o fim desta etapa. Vem o segundo tempo e De Arrascaeta parece possuído. ele que já havia perdido contra-ataque importante de três jogadores celestes contra dois corintianos no primeiro tempo, entra mais uma vez cara-a-cara com Walter e sofre penalidade. A arbitragem, muito fraca do Sr. Wilton Sampaio, demonstra pouco conhecimento da regra: chance clara e manifesta de gol deveria render ao Pedro Henrique um cartão vermelho, não amarelo como foi. Arbitragem ruim à parte, Ábila mostrou personalidade na cobrança, mesmo após ter perdido pênalti domingo passado contra a Chapecoense pelo Campeonato Brasileiro, deu vantagem ao Cruzeiro, porém, estava configurado o único resultado que levaria a decisão para a marca da cal.

O Cruzeiro queria mais, e depois do susto de levar o empate ainda no primeiro tempo, continuou na carga e três minutos depois Bruno Rodrigo volta a marcar de cabeça retomando a vaga. Um gol do time paulista e tudo mudaria a seu favor, então a Raposa para não dar sopa para o azar chega ao quarto gol com o uruguaio De Arrascaeta que recebe atras da zaga em jogada ensaiada para chutar sem chance para Walter, 4 x 1 e festa no Mineirão. Rildo que acabara de entrar ainda marca mais um para o Corinthians, que pressiona até o final, reclama do pouco tempo de acréscimo, mas não consegue o gol que lhe era necessário. Curiosamente, quando empatou em 1 x 1, o time paulista apelou para toques laterais, cera, mas cercou o trio de arbitragem por causa do tempo (risos)…

Guerreiro de Ouro veio do banco, venceu a birra do Mano com bom futebol: De Arrascaeta deu assistência, sofreu pênalti e fez gol, o nome do jogo. Guerreiro de lata dessa vez fica com Edimar, os dois gol paulistas foram pelo seu setor, como caiu de rendimento! Ao contrário da partida passada, Mano hoje acertou nas substituições, com ressalvas para a entrada de Cabral, Alisson fez algumas boas jogadas e ajudou a prender a bola na frente, longe do gol de Rafael. O Cruzeiro foi nessa noite o que ele é: GIGANTE. Não é à toa que (…)”a imagem do Cruzeiro resplandece” e “GIGANTE pela própria natureza” são versos do mesmo hino.

Pela próxima fase enfrentaremos o Grêmio, único time a deter também quatro conquistas da Copa do Brasil. Não podemos esmorecer, se alguém tiver que ser Penta esse ano, sejamos nós. Na outra semifinal estarão Inter x O time que compra mas não paga, e quem sabe uma reedição da final de dois mil e quatorze não esteja reservada para enfim, acabar com a balela de “a nossa é que vale”.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 4 X 2 CORINTHIANS

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Data: 19 de outubro de 2016, quarta-feira

Horário: 21h45 (de Brasília)

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)

Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Bruno Raphael Pires (GO)

Cartões amarelos: Ariel Cabral (Cruzeiro); Pedro Henrique e Rodriguinho (Corinthians)

Gols: CRUZEIRO: Ramón Ábila, aos 13 minutos do primeiro tempo e aos 13 minutos do segundo tempo; Bruno Rodrigo, aos 16, e Arrascaeta, aos 37 minutos do segundo tempo; CORINTHIANS: Rodriguinho, aos 34 minutos do primeiro tempo, e Rildo, aos 40 minutos do segundo tempo

CRUZEIRO: Rafael; Lucas, Léo, Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique, Lucas Romero, Robinho (Alisson), Rafinha (Arrascaeta) e Rafael Sóbis; Ramón Ábila (Ariel Cabral)

Técnico: Mano Menezes

CORINTHIANS: Walter; Fagner, Pedro Henrique, Balbuena e Uendel; Camacho, Giovanni Augusto (Rildo), Romero, Rodriguinho e Maquinhos Gabriel (Lucca); Guilherme (Marlone)

Técnico: Oswaldo de Oliveira

Antes ainda teremos confronto contra o Vitória pelo Brasileiro, e mesmo fora de casa, precisamos dos três pontos para aliviar no Brasileiro e poder pensar com tranquilidade nos próximos confrontos na Copa do Brasil. Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr