Cruzeiro perde em casa: Um, dois , três, de virada outra vez


Olá nação celeste! O Cruzeiro perdeu por 2 x 1 para o Palmeiras em pleno Mineirão, com um jogador a mais em campo durante boa parte do segundo tempo, e jogou flores sobre o caixão azul da Libertadores. É impossível chegar ao G-4 sem gana.  Mesmo sabendo que a vitória era mais importante para o próprio Cruzeiro, o time limitou se a criar jogadas de perigo, mas sem concluir em gol.

Uma partida recheada de polêmicas. A polêmica Kléber- Máfia Azul – Mancha Verde a mim pouco importava e segue não importando. Cruzeiro é Cruzeiro, organizada é organizada. Se ele tivesse feito gols, ou mesmo que não tivesse feito e o Cruzeiro vencesse, estaria tudo bem com a torcida. Aliás, ele não foi de todo vaiado. Sempre critico, mas ontem estava entre as torcidas TFC e Máfia Azul e presenciei o famoso “maria vai com as outras”. Quando Kléber saiu, o pessoal que puxa as músicas da Máfia, conforme afirmaram à imprensa de que iriam apoiar o atleta, começaram a cantar : “ô o o o Kléber Guerreiro, é gladiador artilheiro do Cruzeiro”, mas poucos acompanharam, do lado da TFC também cantaram em incentivo o mesmo côro entre palmas e vaias.

De repente, o chamado “povão” pelas organizadas vaiou sonoramente, acompanhando as vaias vindas das cadeiras inferiores e geral, e de repente toda a torcida na superior, inclusive aqueles que 30 segundos antes apoiavam o Kléber no miolo da Máfia, começaram com o ” ô o o o é pipoqueiro, pelo amor de Deus vai embora do Cruzeiro” e ainda, “Ô Kléber, vai se f…, o meu Cruzeiro não precisa de você”. Isso ocorreu em ambas organizadas após um suposto aceno dele em direção à torcida Palmeirense quando foi substituído pelo Wellington Paulista. Confesso que não vi. Assisti atônita a cena, que mais parecia um filme de terror, com uma forte chuva, que provavelmente ajudou a esconder lágrimas no rosto de Kléber, sejam elas de ódio à torcida cruzeirense, ou de mágoa em concluir que cavou sua própria cova. Ao meu ver, jogou dentro do esperado de um atleta que vinha há um mês sem atuar, e sem fugir do seu estilo, de preferir se jogar em cima do adversário quando tem toda a chance de ir em direção ao gol sem o contato físico. O torcedor tem todo o direito de vaiar, mas não resolveu nada. Aliás, o torcedor fez seu papel brilhantemente durante todo o jogo, extravasando somente nesse momento devido ao nó na garganta que o episódio Kléber já havia deixado.

O pior foi a atuação do árbitro Evandro Rogério Roman, que parece querer pagar ao Palmeiras com juros e correção monetária a vitória que deu ao Goiás por 2 x 1 sobre o Plameiras na 13ª rodada do Brasileiro 2009 marcando pênalti inexistente na ocasião. Aliás, o Palmeiras tem toda a pinta de campeão pois foi ajudado pela arbitragem em várias partidas: contra o Coritiba na 1ª rodada do brasileiro vencendo por 2 x 1 com gol irregular de Keirrison. Na 5ª rodada o Vitória foi garfado e perdeu por 2 x 1. Na 6ª rodada contra o próprio Cruzeiro, vencendo por 3 x 1 com um gol de Marcão em que a bola não entrou. 2 x 1 sobre o Flamengo na 11ª rodada onde após falta no zagueiro do Fla, a jogada acaba em gol de Diego Souza.

O detalhe da arbitragem me chamava a atenção bem antes da partida. Sempre vou para o jogo contra times paulistas com o pensamento: O Cruzeiro não pode desperdiçar as chances que criar porque senão o juiz inventa um pênalti, uma expulsão e aí ninguém segura. Dito e feito. O juiz inverteu várias faltas cometidas pelo Palmeiras e deixou de marcar muitas faltas a nosso favor.

A arbitragem foi fator decisivo na partida? Sim. Devido à incompetência do ataque da equipe de Adílson Batista que não arrisca chutes a gol, os pênaltis não marcados pelo árbitro fariam diferença se convertidos. O time fica virando bola da direita para a esquerda, os atacantes invadem a área e recuam em seguida porque não acham uma referência para tocar. Falta organização à equipe celeste. Parece que é proibido passar com a bola pela meia -lua da área do adversário. Chegam ali e recuam, isso deixa o torcedor extremamente irritado.

Para o Cruzeiro sair do Mineirão ontem com a vitória faltou competência dos jogadores nas finalizações. A equipe tem um volume de jogo impressionante, mas não faz os gols, e quando a bola chega na defesa, a facilidade é imensa para o adversário sair na cara de Fábio, que apesar de ter melhorado em muitos pontos, já não tem mais aquela sua excelente e característica saída rasteira e precisa nos pés dos atacantes quando invadem a área com a bola dominada . Os gols de falta? Ontem a bola fez uma curva e enganou o arqueiro, mas de todo modo, se tem aqueles que treinam um dia inteiro pra fazer os gols, ele deveria treinar as defesas e posicionamento da barreira nas cobranças de falta.

Seguimos na 13ª colocação, que deve ser até macumba “pateticana” com uma pitada de mão amiga da arbitragem que nos ronda desde a estréia nesse brasileiro. Sulamericana em 2010 será lucro.

Abraço e força nação celeste!

Até mais!