Cruzeiro pode alcançar marca histórica em mais um clássico sem previsão


Se o Cruzeiro ganhar o clássico nesta quinta rodada do campeonato mineiro, chegará à marca de 10 jogos sem perder para o rival – incluindo jogos pelos Campeonatos Brasileiro e Estadual (2007 e 2008) e pelo Torneio do Uruguai (2009).  Sem dúvida um indicador do bom momento vivido pelo time azul.

O Cruzeiro com um grupo qualificado, com a base da equipe de 2008 mantida e com o treinador Adílson Batista podendo se dar ao luxo de escalar times diferentes no decorrer do campeonato mineiro.

Mesmo passando por boa fase e sendo apontado como principal candidato ao título estadual, o Cruzeiro sabe que terá pela frente um adversário mordido e que buscará a vitória para acabar com a invencibilidade cruzeirense, além de querer mostrar que também é um dos candidatos ao título.

No papel e dentro do campo, sem nenhum medo de errar, o Cruzeiro tem um time melhor. Porém, em se tratando de Cruzeiro e Atlético-MG não podemos deixar de levar em consideração aquele velho chavão: em clássico tudo pode acontecer. E pode apostar, não será diferente. Ou melhor, será mais um clássico, porém único.

Na busca pela melhor formação de cada uma das equipes o Cruzeiro terá vantagens em relação ao Atlético-MG. Primeiro pelo número de jogadores qualificados à disposição do técnico Adílson Batista e segundo pelo entrosamento da equipe que certamente contará com Fábio, Marquinhos Paraná, Fabrício, Ramirez e Wagner. Na lateral-direita Jonathan deverá ser o titular. A dupla de zaga, se considerarmos os últimos jogos deverá ter Thiago Heleno e Leonardo Silva. Fernandinho, que durante o jogo pode ser deslocado para o meio-campo, provavelmente será o titular. Entre os volantes, com a presença de Marquinhos Paraná, Henrique e Elicarlos disputam uma vaga. Se quiser um meio campo mais voltado para a marcação Henrique será o escolhido. Porém, Elicarlos tem feito bons jogos com a camisa celeste e poderá ser uma das surpresas, caso Adilson Batista escale um time mais ofensivo. No ataque quatro jogadores brigam por duas vagas: Alessandro, Soares, Wellington Paulista e Tiago Ribeiro. Os dois últimos deverão ser os titulares.

A grande novidade deverá ser a presença do atacante Kléber (Gládiador Celeste) no banco de reservas.

Já o rival, comandado por Émerson Leão, não terá Lopes e seu reserva imediato, Tchô. Ambos sofreram contusões na última partida e foram vetados. Com isso o meio-campo atleticano poderá ter Renan, Márcio Araújo, Carlos Alberto e Yuri, ou seja, nenhum armador de ofício. Nas demais posições não haverá alterações. A não ser que surja algum problema de última hora os titulares deverão ser: Juninho (goleiro), Marcos Rocha e Júnior (laterais), Diego Tardelli e Éder Luiz (atacantes).

Como disse, no papel o Cruzeiro é bem superior. Entretanto, o futebol, em certas ocasiões, não permite nenhum tipo de previsão.

Em tempo

Acostumados a colocar em campo centenas de crianças antes do início dos jogos, especialmente no Mineirão, Cruzeiro e Atlético-MG terão que se adaptar às novas regras impostas pela CBF. A Confederação Brasileira de Futebol limitou em 22 o número de crianças (mascotinhos) que poderão entrar em campo com os jogadores antes do início das partidas. A medida desagradou o diretor de marketing do Cruzeiro, Antônio Claret. Segundo ele, o Cruzeiro enviou uma carta à CBF pedindo para que o número de crianças não fosse limitado, mas a entidade que comanda o futebol no país manteve a decisão. O clássico será uma exceção. Mas daí em diante apenas 22.

Outra medida que não contribui em nada com o futebol diz respeito à permanência dos mascotes atrás dos gols durante as partidas – no caso do Cruzeiro, o Rapozão. Os mascotes só poderão permanecer no gramado ou em volta dele antes do início dos jogos, durante o intervalo do primeiro para o segundo tempo e após as partidas.

Sem público, faixas, bandeiras, mascotes… Daqui uns tempos não teremos mais futebol.