Desabafo sobre a Taça Brasil de 1966


Alguns pontos interessantes sobre uma das polêmicas da semana – o reconhecimento dos campeonatos disputados entre 1959 e 1970 como Campeonatos Brasileiros.
 
A nosso favor, uma verdade inquestionável: antes de 1971, os torneios de projeção nacional existentes eram a Taça Brasil e o Roberto Gomes Pedrosa, campeonatos disputados por times de vários estados do Brasil (independente da quantidade de times e de jogos necessários para ser campeão). Seus campeões foram consagrados nacionalmente pela imprensa e pelos torcedores.
 
Por outro lado, alguns argumentam que “Campeonato Brasileiro” só existe desde 1971. CONCORDO PLENAMENTE. Antes desta data não havia torneio no Brasil com este nome. Vale lembrar que, mesmo depois de 1971, alguns campeonatos não tiveram este nome – a Copa União e a Copa João Havelange. ENTÃO OS VENCEDORES DESTES CAMPEONATOS NÃO PODEM SER CONSIDERADOS CAMPEÕES BRASILEIROS…no máximo “campeões da união” ou “campeões do joão havelange”.
 
Então, meus amigos, não preciso de uma declaração da CBF para ser “bicampeão brasileiro”…nós cruzeirenses, na verdade, vencemos, por duas vezes, o torneio de clubes mais importante do país disputado por times de todos os estados – isto, sem contar as quatro Copas do Brasil, igualmente importantes. FOMOS, COM JUSTIÇA, O PRIMEIRO CLUBE DE MINAS GERAIS A VENCER UM CAMPEONATO NACIONAL.
 
Os “zumbidos” vindos do “time do lado seco da Pampulha” dizem que o reconhecimento dos títulos é “bobagem”, “palhaçada”, “acabando com a história do futebol”. Quem merece ficar na história são os heróis cruzeirenses, como Tostão, Zé Carlos, Natal, Híilton Oliveira e Dirceu Lopes, entre outros, que venceram o eixo Rio-São Paulo e foram os primeiros campeões nacionais de Minas Gerais. E “bobagem”, “palhaçada” é negar o valor destes jogadores e dar valor apenas aos atletas do seu time, negando a própria história do futebol.
 
Vale lembrar, o Éder Aleixo, pra conseguir vencer O ÚNICO TÍTULO NACIONAL EM TODA A SUA CARREIRA, a Copa do Brasil de 1993, teve que vestir o manto sagrado do Cruzeiro Esporte Clube.