10 jul Especial Cruzeiro na Copa – Ramires: O queniano azul e a camisa 8 canarinho

Salve nação celeste! Véspera da final da Copa do Mundo entre Holanda e Espanha. O Brasil dançou e só vai assistir a decisão, mas o GDG ainda não encerrou suas homenagens aos celestes que vestiram a amarelinha nesta Copa. Faltava um! Faltava Ramires, um dos principais destaques da seleção nesta Copa e nome certo na renovação que começará após a saída de Dunga. Independente do treinador, Ramires mostrou que ninguém mais que ele merece ser o dono da camisa 8 do Brasil.

Ramires Santos do Nascimento

Posição: Volante

Cidade: Barra do Piraí (RJ)

Nascimento: 24/03/1987

Carreira no Cruzeiro: 2007-2009

Jogos: 106

Gols: 27.

Títulos com a camisa celeste: Campeonato Mineiro (2008-2009)

O volante Ramires, embora nascido no estado do Rio de Janeiro, deu seus primeiros passos no futebol profissional no Joinville, equipe catarinense da cidade de mesmo nome. Lá, Ramires se destacava entre os colegas, mas as competições disputadas não eram de alto nível até que em 2007 o Cruzeiro decidiu contratar o jogador para a disputa do Campeonato Brasileiro e a reformulação da equipe qe havia sido goleada na final do campeonato estadual daquele ano.

A primeira reação da torcida celeste ao conhecer Ramires, no entanto, foi de reprovação. Jogador magro e franzino vindo de um clube que disputava competições menores e que provavelmente sentiria o peso da camisa celeste bem como fugiria das disputas com os adversários.

Rapidamente, porém, Ramires mudaria esta imagem. Com uma garra e, principalmente, velocidade impressionantes, o volante adquiriu a alcunha de guerreiro, especialmente após marcar um dos gols na vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro.

Mas foi em 2008 que Ramires se tornou peça inquestionável do esquema celeste. O meio-campo formado por Fabrício, Charles, Ramires e Wágner encantou o continente e mesmo após a eliminação na Copa Libertadores, arrancava elogios pela virtuosidade e pelo dinamismo em campo. As boas apresentações de Ramires lhe abriram as portas ainda para a seleção brasileira olímpica, e o jogador foi um dos principais jogadores na conquista da medalha de bronze em Pequim, ganhando de vez a confinaça de Dunga.

No Brasileirão, Ramires manteria a boa forma. Com atuações de gala e marcando gols, o volante acabaria escolhido o melhor volante da competição e o Cruzeiro classificado para mais uma Taça Libertadores.

Em 2009, o queniano azul brilharia mais uma vez nos gramados do continente, embora tenha ficado de fora do duelo de volta contra o São Paulo nas quartas-de-final e dos duelos contra o Grêmio pelas semi da Libertadores servindo a seleção brasileira na Copa das Confederações. Durante a competição com a seleção canarinho, Ramires foi negociado com o Benfica, mas estaria liberado para disputar a final da Libertadores contra o Estudiantes. 

Assim como todo time, Ramires foi muito mal na decisão. Muitos o culparam de ter feito corpo mole, mas isto não condizia com a postura heróica de um guerreiro que, mesmo franzino, apanhava bastante e quase nunca deixava o campo machucado.

Em Portugal, Ramires repetiria o sucesso no Cruzeiro e marcaria de vez seu espaço na seleção. Hoje seu nome é especulado nos maiores clubes da Europa como Inter de Milão e Real Madrid e a torcida cruzeirense só resta se lembrar com saudade dos belos lances protagonizados pelo volante e torcer para que ele sempre leve o nome do Cruzeiro por onde quer que vá.