Esperança à vista


Salve Nação!

O Cruzeiro segue tentando reparar os erros ocasionados pela falta de planejamento da diretoria no final de 2015. Já contabilizamos sete meses na temporada 2016 e o Cruzeiro já vai para o seu terceiro treinador. Diferentemente de Deivid que não conseguiu, sequer, dar um padrão de jogo ao time, o português Paulo Bento fez mais, entretanto, ainda assim, fez pouco. O time conseguia atuar bem, mostrava evolução tática, mas o emocional dos jogadores e o método de trabalho do portuga que não foi bem aceito por parte da torcida, aliado aos maus resultados e à sua teimosia acabou minando o trabalho.

Foram 17 partidas sob a tutela de Bento, com 8 derrotas, 6 vitórias e 3 empates. O Cruzeiro, agora, pagará pela irresponsabilidade da sua diretoria. Terá de amortizar ao português o seu salário integral até o fim de 2017, quando terminaria seu contrato, ou até que ele arrume um novo clube. É uma pena que o trabalho de português não tenha rendido o esperado. Se mostrou um estudioso do futebol e deixou alguns bons legados por aqui, como o tratamento rude e sério aos jornalistas blindando o elenco e, principalmente, pondo fim à farsa do fair play. Mesmo não concordando com sua demissão, acredito que, dificilmente, sob o comando de Bento escaparíamos do descenso.

O português é página virada no Cruzeiro que contará, novamente, com Mano Menezes para livrar o time do rebaixamento e, quem sabe, almejar voos maiores no próprio Brasileirão e na Copa do Brasil. O gaúcho em sua primeira passagem comandou o Cruzeiro por 16 partidas, foram 8 embates vencidos, 2 derrotas e 6 empates. Assumiu o Cruzeiro na 25ª rodada, com o clube celeste ocupando a a 15ª posição e terminando o campeonato no 8º lugar. A boa campanha na reta final do Brasileirão 2015  fez com que o Maior de Minas chegasse a sonhar com uma vaga na Libertadores, o que não aconteceu. Junto com o gaúcho chegam o preparador físico Eduardo Silva, o auxiliar técnico Sidnei Lobo e as esperanças; de recuperação do futebol de Willian para que, enfim, nos livremos desse enganador por meio de alguma transferência, e, claro, do risco de rebaixamento.

Mano chega ao Cruzeiro em um cenário mais favorável que o do ano passado e explico o porquê. Apesar de ser o penúltimo colocado na tabela, o Cruzeiro hoje tem um elenco superior ao de 2015 e, mesmo com os maus resultados, Paulo Bento deixou um norte à ser seguido no aproveitamento de alguns jogadores como De Arrascaeta e Henrique. Outro fator importante para que o trabalho possa fluir é a leva de jogadores que Mano receberá do DM. Até o fim de agosto, Dedé, Alisson, Mayke, Marcos Vinícius e Marciel estarão à disposição do treinador, que ainda contará com o recém contratado, Denílson.

Se Mano Menezes conseguirá repetir a bela campanha de sua passagem anterior, só o tempo dirá, mas, a partir de agora, cairão por terra todas as desculpas usadas por parte da torcida em relação ao trabalho de Bento. Se faltava vontade dos jogadores com o antigo treinador, ela há de voltar. Se o problema era emocional, também pode ser resolvido com uma mudança de comando.

É torcer para que o time consiga assimilar a filosofia de trabalho do gaúcho rapidamente, e acredito que isto não será problema, afinal, Mano já conhece parte do elenco e manteve um bom relacionamento com todos na Toca da Raposa, mesmo após a sua saída contraditória que ainda está entalada na garganta de muitos torcedores. Não acredito que o gaúcho pense em dívida ou débito conosco, mas, no mínimo, terá de recuperar o prestígio. Capacidade para isso e para fazer do Cruzeiro uma equipe forte e equilibrada, novamente, sabemos que ele tem de sobra.

Que nós, cruzeirenses, tenhamos alguns dias de paz até o fim do ano. Sem chineses, sem caminhões de dinheiro, sem Deivid’s, sem mais mudanças e sem os erros de uma gestão que já está marcada como a pior, repito, A PIOR da história do Cruzeiro.

Por: Simon Nascimento