Henrique e mais dez! (Cruzeiro 2 x 1 Caldense – Campeonato Mineiro 5ª rodada


Salve, guerreiros!

Mais uma vitória celeste no Mineirão. Dois mil e dezessete,  parece que a parceira Cruzeiro/Estádio está de volta. Lembrando que ano passado a situação foi triste. Entretanto, uma coisa tem me chamado a atenção: Como a Raposa tem feitos ótimos primeiros tempos, e caído demais de rendimento nas etapas complementares. No início do ano, aqui em nossas colunas, creditei isso ao começo de temporada, apuração de forma física dos atletas, ajuste nas estratégias utilizadas pelo treinador. Agora, entretanto,  isso está começando a preocupar-me. Vamos em frente observando durante mais alguns jogos antes de tirar a corneta do baú.

O jogo

Como já introduzi  acima, a Raposa fez dois tempos distintos. Não sofreu sustos em demasia, é verdade, mas também não construiu o placar de acordo com o volume de jogo apresentado no início da peleja. Claro que precisamos levar em conta que a Caldense tem uma manutenção de elenco de quase três temporadas, o que a torna perigosa no coletivo. Vamos à analise dos tempos distintos.

Primeiro Tempo

O Cruzeiro imprensa a Caldense em seu campo no início da partida. O time de Poços de Caldas, bem armado na defesa, como já salientei acima por conta do coletivo, vai impedindo as oportunidades de gols celestes apesar do volume de jogo do Cruzeiro. Aí, surge ele, o Capitão Henrique! Penso que o Fábio não vai lutar apenas pela posição, também pela braçadeira de capitão. Henrique com o oportunismo de um atacante, marca dois gols em jogadas bem similares, uma escorando desvio na cabeça de Cabral, e outra pegando rebote do goleiro Caldense. O time visitante esboça uma leve reação, mas não havia muito mais o que fazer, deixando para buscar o jogo na etapa complementar.

Segundo Tempo

Na segunda etapa, todos esperávamos uma Caldense mais agressiva em busca da igualdade, e de fato aconteceu. Esperávamos também um Cruzeiro mais ativo para aproveitar os espaços e alavancar a vantagem, mas não foi o que vimos. Contra-ataques preguiçosos, e até uma certa displicência, como o erro no domínio de Rafael Sobis em cruzamento preciso de Mayke. Falando no jovem lateral, foi um dos poucos a mostrar vontade nessa etapa da partida em função da briga por posição. Pra colocar lenha na fogueira, Ramón Ábilia poderia até perder o gol, mas, a bola que Sobis tentou dominar, o argentino chegaria enchendo o pé. Alisson não tem rendido bem nas últimas partidas, mesmo entrando descansado no segundo tempo. A entrada de Fabrício no lugar de Diogo Barbosa por lesão, não acrescentou nada, ao contrário. Foi um erro de posicionamento do lateral esquerdo que surgiu no apagar das luzes, o gol da Caldense.

Guerreiro de ouro, não poderia ser de outro que não o capitão Henrique, calem-se críticos! Guerreiro de lata fica com Fabrício que considero o responsável pelo tento sofrido. Agora é observar se o compasso lento do segundo tempo é apenas uma estratégia de poupar o time uma vez que havia um resultado já construído na primeira etapa, ou se valerá a pena assistir somente aos 45′ iniciais dos jogos da Raposa.

CRUZEIRO 2 X 1 CALDENSE

Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data: 02 de março de 2017, quinta-feira
Horário: 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Jeferson Antônio da Costa
Assistentes: Breno Rodrigues e Douglas Costa
Gols: Henrique, aos 30 e aos 37 minutos do primeiro tempo (Cruzeiro); Rato, aos 45 do segundo tempo (Caldense)
Cartões: Diogo Barbosa (Cruzeiro); Mineiro, Zambi (Caldense)

CRUZEIRO: Rafael, Ezequiel (Mayke), Manoel, Léo, Diogo Barbosa (Fabrício), Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Thiago Neves (Alisson), Arrascaeta e Rafael Sobis. Técnico: Mano Menezes

CALDENSE: Neguete; Michel, Thiago Carpini, Hélio, Rafael Estevam, Mineiro, Hygor (Álvaro), Diego Clementino, Leandro Oliveira (Wellington Rato), Zambi, Rafamar. Técnico:Thiago Oliveira.

Próximo compromisso celeste será ainda pelo “Queijão 2017” contra o simpático América de Teófilo Otoni, carinhosamente conhecido como “Tió Tió”. O Jogo será fora de casa, e além do adversário, sempre nos opõe as condições dos acanhados estádios do interior mineiro. Até lá, China Azul.

Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr