Jogo duro (Cruzeiro 2 x 1 Goiás – Campeonato Brasileiro 3 ª rodada)


Salve, guerreiros!

O que acontece com esse Goiás que sempre joga duro contra o Cruzeiro? Foi uma das oito derrotas daquele timaço de dois mil e três, só para os amigos leitores terem ideia. Claro que na história do confronto, a Raposa fez boas partidas com resultados elásticos, no mesmo ano, inclusive, a máquina capitaneada pelo Talento Azul Alex goleou o mesmo esmeraldino por 4 x 2. Para falar mais um pouco sobre esse embate, em dois mil e quatorze o time Cinco Estrelas também venceu por 2 x 1 com dois gols de cabeça, desta feita com Dedé e Rodriguinho. Mais três esperados pontos na conta, e o Maior de Minas segue na conta do penta fazendo o dever de casa. A derrota para o Flamengo na primeira rodada pode ser considerada normal dentro dos limites de quem pretende alcançar o título. Eventualmente, entretanto, o Cruzeiro vai precisar tirar pontos dos times da parte de cima da tabela.

O jogo

O jogo teve etapas distintas. Um tempo com o Goiás muito fechado e o Cruzeiro procurando caminhos, e outro mais franco, até divertido de se ver com ambas as equipes buscando o gol. A Raposa levou a melhor usando a cabeça, nos dois sentidos, literal e figurado. Na tática e melhor técnica tentando furar o bloqueio armado pelo Esmeraldino, e nas cabeçadas certeiras de Dedé e Rodriguinho com assistências de Pedro Rocha e Egídio.

Primeiro tempo

Muito difícil de assistir! O Goiás veio com a proposta de fechar-se e buscar uma bola para sair com o resultado positivo. Não funcionou. O Cruzeiro abria seu jogo com Orijuela e Pedro Rocha na direita e esquerda respectivamente, forçando assim a defesa fechada do Goiás a se expor. Essa configuração de jogo forçou a Raposa a afunilar as jogadas, entretanto, o último passe não funcionava, e nas poucas vezes em que a bola chegou, a finalização foi muito ruim. O 0 x 0 foi justo pelo que os times produziram, ou deixaram de produzir, melhor dizendo, nesta etapa.

Segundo tempo

Já esta etapa foi bem divertida, pois a Raposa tratou logo de desmontar o esquema goiano com um gol de Dedé logo aos três minutos da etapa final. A partir daí o jogo ficou mais franco, pois o Goiás foi em busca do empate enquanto o Cruzeiro agora passava a explorar os contra-golpes. O empate nem demorou tanto a sair, naquilo que tem sido o tormento da nossa defesa nas últimas partidas, a falta de cobertura nos rebotes.

Li algumas críticas ao Fábio nas redes pela bola rebatida para o meio da área, mas, convenhamos, é muito difícil após aquela grande defesa no puro reflexo, que a bola não voltasse para a frente, a cobertura é que precisa estar atenta para ela não sobrar livre como sobrou para Michael empatar o jogo. Volta o Goiás a se fechar e o Cruzeiro a procurar os espaços.

Mano vai oxigenando o time com as substituições, e ao mesmo tempo, abrindo o time na frente afim de espaçar a fechada defesa do Goiás. Egídio de um lado, Thiago Neves e Jadson de outro e o Cruzeiro variando o lado e cansando a defesa goiana. O gol parecia ser uma questão de tempo, e veio. Com assistência perfeita de Egídio, Rodriguinho testa para o fundo das redes vencendo o goleiro Tadeu que fazia ótima partida.

Guerreiro de ouro me deixou bastante em dúvida. Lucas Silva da outro tom ao meio do Cruzeiro, mas, a decisão pelo lateral acabou pesando pela linda assistência do gol da vitória. Egídio fica com nossa honraria. Guerreiro de lata para Robinho. Errou excessivos passes e quase complica a vida do Cruzeiro cedendo vários contra-ataques.

FICHA TÉCNICA

Cruzeiro 2 X 1 Goiás

Motivo: 3ª rodada – Campeonato Brasileiro

Data: 05/05/2019 ( DOMINGO)

Local: Mineirão, em Belo Horizonte – Minas Gerais, Brasil

Público pagante: 15.259

Público presente: 19.735

Renda: R$ 21.401.850,00

Gols: Dedé aos 3, Michael aos 12 e Rodriguinho aos 35 minutos do segundo tempo.

Árbitro: Rodrigo Carvalhais

Cruzeiro: Jadson, Fábio, Órejuela (), Léo, Dedé, Egídio, Lucas Silva, Henrique, Robinho (Thiago Neves), Rodriguinho, Pedro Rocha (David), Fred

Técnico: Mano Menezes

Goiás: Tadeu, Daniel Guedes, David Duarte, Yago, Jefferson , Geovane, Léo Sena, Giovanni Augusto (Renatinho), Kayke (Júnior Brandão), Michael, Leandro Barcia (Marlone), Yago Felipe (banco)

Técnico: Claudinei Oliveira

Cartões amarelos: Rodriguinho (Cruzeiro); Giovanni Augusto, Yago Felipe (banco) (Goiás)

Cartão vermelho: ; Giovanni Augusto (Goiás)

Agora é Libertadores. O Cruzeiro vai atrás de mais um feito inédito. É o único time a conquistar a Tríplice Coroa, é o único time a vencer todos os adversários em uma mesma edição de Brasileiro, pode se tornar se vencer o Emelec sem levar gols o único time a passar incólume na primeira fase da competição. Até lá, China Azul.

Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr