Lições de um clássico que não valia tudo


Lições de um clássico que não valia tudo - Foto: Cristiane Mattos/Futura Press

Mais uma vez o clássico foi disputado fora de sua verdadeira casa. Cruzeiro e Atlético-MG jogaram para de 18 mil torcedores alvinegros em um clássico em que as faltas foram predominantes, 56 no total.

Ouvi após a partida que o Cruzeiro havia jogado melhor que o Atlético-MG. Não concordo. Acho que defensivamente o Cruzeiro foi bem, mas os homens de frente ontem não conseguiram criar com a mesma intensidade de 2013. Everton Ribeiro apagado. Goulart perdido em campo apesar de uma boa cabeçada e dois gols bem anulados.

Dagoberto como sempre nervoso, mas mostra que tem brio e sangue nas veias. Não se esconde em partidas importantes.

William ajudando muito a defesa e também como de costume com muita vontade.

No meio campo os destaques foram os Souzas. O Rodrigo, o Yaya Touré brasileiro jogou muito bem mais uma vez, não deixou o camisa 10 deles respirar. Já o Pelé ruivo mais uma vez mostrou que não pode ser a primeira opção quando perdermos Nilton ou o garoto Lucas Silva. Perdidinho na marcação apesar de ter quase balançado a rede na terceira tentativa de cobrança de falta. Rodrigo Souza já merece ser a primeira opção.

A zaga foi firme. Dedé, O Mito, não perdeu uma bola sequer pelo alto. Mostra raça e recuperação em bolas que parecem perdidas. Quase marcou por duas vezes. Craque de bola e Felipão só não o levará para a Copa se a imprensa pedir pra ele ir.

Moreno entrou mais uma vez usando suas chuteiras de manteiga. Não acerta uma, incrível. Eu daria ao Júlio Baptista uma chance como centro-avante.

Marlone entrou bem e foi o primeiro a conseguir completar um drible. É ousado e tem muita categoria. Tem de ser a primeira opção na falta do Ribeiro.

Não gostei dos laterais ontem, Ceará querendo disputar na corrida com Fernandinho pra chegar até a linha de fundo é correr em vão. Contra times rápidos o toque de bola e a movimentação de que não esta com ela no pé é fundamental.

Cruzeiro jogou pro gasto. Evitou o que poderia ser a segunda derrota seguida e em um clássico ainda. Se tivéssemos perdido seria crise até o jogo contra a La U.

Cruzeiro continua forte e mostrando que tem banco. Só precisa se concentrar e esquecer o favoritismo que as conquistas serão naturais.