O CALVÁRIO CONTINUA, POTENCIALIZADO POR NOSSOS ERROS


Jogando no limite o Cruzeiro competiu contra Palmeiras e Flamengo. Os desequilíbrios aconteceram pela ampla qualidade técnica dos rivais e, principalmente, erros técnicos primários potencializados pela falta de concentração dos atletas. Em São Paulo, Cacá e Ederson erraram o tempo de bola, gerando o gol de Bruno Henrique, perdemos um ponto precioso. Hoje, saída de bola errada e cochilos de Henrique e Robinho, além da falta de leitura tática de David, geraram o primeiro e segundo gol. A bondade que temos contra os adversários não se repete quando somos alvo. E assim segue nosso sofrimento. O calvário será até a 38ª rodada.

Derrotas contra Grêmio, Palmeiras e Flamengo pelo atual momento não surpreendem (exceto a apatia da equipe contra os gaúchos). Não tem outro jeito que não seja trabalhar e fazer mudanças prometidas pelo Ceni. Apesar do gol de hoje, Thiago Neves não justifica sua titularidade. Sua saída trouxe velocidade e intensidade ao time que iniciou o segundo tempo. Infelizmente, criamos duas chances importantes no início e não marcamos, contra um adversário tão qualificado custou caro. David (28 jogos de jejum) e Marquinhos Gabriel (21 jogos de jejum) também precisam dar lugar a jogadores como Ezequiel, que lutou bastante na partida e Maurício que, curiosamente, nunca mais entrou após marcar contra o Vasco.

O JOGO 

O Cruzeiro começou povoando o meio num 4-1-4-1 com Henrique, Ederson e Robinho por dentro e Thiago Neves fechando pelo lado direito trabalhando de fora pra dentro, com Pedro Rocha na referência e David aberto na esquerda. Em alguns momentos, subindo o bloco de marcação, mas dava muito espaço entre as linhas (principalmente na direita pela pouca recomposição do Thiago) e mostrava dificuldade em sair da pressão rubro-negra. Além disso, a diferença técnica, anímica e tática entre os times fez diferença. O gol do Flamengo saiu de uma subida de marcação com intensidade pra roubar a bola e agredir. Gabigol aproveitou e marcou. O Cruzeiro buscou o empate ao conseguir trocar passes no ataque e numa rara jogada de infiltração, Ederson deu bom passe pra Pedro Rocha tabelar com Thiago Neves e ser derrubado num pênalti bem questionável. O meia empatou. No segundo tempo, Ceni apostou em Ezequiel na vaga de Thiago Neves pela direita pra trazer velocidade e aproveitar a linha defensiva alta do adversário. Mexida que fez efeito no início com duas jogadas em sequência. Numa roubada de bola na defesa, Henrique lançou Pedro Rocha que tabelou com Ezequiel e finalizou pra boa defesa de Diego Alves. Em seguida, Ezequiel finalizou, a bola desviou e foi na trave.

Porém, não durou muito. O Flamengo conseguiu impor seu jogo no segundo tempo e ocupava o campo ofensivo devido a perda de intensidade da marcação celeste. O segundo gol saiu numa falha geral de marcação. Arão infiltrou pela direita e contou com a falta de atenção de David que estava na sua marcação e o deixou livre. O volante cruzou pra pequena área, Gabigol fez o corta luz e Arrascaeta marcou. Robinho e Henrique estavam no lance e não pressionaram os dois. Time nessa situação é concentração total até o fim. Não dá pra perdoar uns picos de desatenção desses. Ainda mais dos experientes. No fim do jogo, David teve uma boa chance de marcar mas cabeceou pra fora.

Por fim, vale ressaltar que o time vem apresentando certa evolução e conseguiu competir nesses últimos dois jogos. Infelizmente, a falta de concentração aliada a boa qualidade técnica dos adversários pesaram no resultado final. A esperança é que mantendo esse nível contra equipes inferiores, as vitórias retornem. Nosso returno começa agora, contra Ceará e Goiás. Não podemos mais desperdiçar pontos. Reage, Cruzeiro!

#MeDibre

Fonte: Deus Me Dibre – Conteúdo disponibilizado pela fonte via RSS/Feed