O mais brasileiro dos italianos


Salve, guerreiros!

7 de setembro, dia em que comemoramos a Independência do Brasil. O Cruzeiro mescla sua história com nosso país, apesar das raízes italianas que fazemos sempre questão de honrar, a Raposa tornou-se um símbolo brasileiro quando o tema é futebol. Respeitado por sua história, tradição e grandes apresentações por toda América do Sul, temido por times chilenos e argentinos, o azul estrelado de Belo Horizonte com conquistas como o Bi-campeonato da Copa Libertadores e também da Supercopa, torneio disputado apenas pelos campeões da Liberta à sua época,  fez sua fama chegando a receber a alcunha: La Bestia Negra.

Em 2 de Janeiro de 1921, fundado pela colônia de Italianos, o Cruzeiro, conhecido como Palestra Itália, já veio ao mundo demonstrando que seria grande. Com apenas sete anos de fundação começou a conquista de um tri-campeonato Mineiro entre os anos 1928 a 1930. Com o ingresso do Brasil na 2ª grande guerra mundial em 1942, por decreto, que proibia referência à Itália em instituições no Brasil, o Palestra passou a chamar-se Cruzeiro Esporte Clube.

Cruzeiro, faz referência à constelação do Cruzeiro do Sul que está presente em todos os símbolos da “pátria amada, Brasil”. Na Bandeira Nacional, Nos brasões das Forças Armadas, nas moedas de Real. O uniforme assumiu as cores azul e branco emprestadas da Squadra Azzurra, uma das mais belas camisas de seleções mundo afora, com as estrelas soltas no peito, nossa camisa já recebeu a honraria de ser eleita por juris especializados como a mais bonita do Brasil, mas para cada um de nós é a mais bonita do mundo.

Com a chegada do Mineirão à partir de 1965, todos os ingredientes para alçar a Raposa aos lugares mais altos na história do futebol mundial estava completa. O mais brasileiro dos italianos agora tinha uma casa compatível com sua história. Sua apaixonada torcida passou a crescer exponencialmente, chegando a receber o apelido de China Azul, pasmem vocês, por um escritor e jornalista atleticano em reconhecimento a essa explosão. Falando em China Azul, não é de se espantar que o Cruzeiro tenha uma das maiores médias de público neste ano, isso com o time em transição e brigando para sair das últimas posições na tabela (questão de tempo).

As conquistas celestes foram multiplicando-se. Além dos títulos já citados, o Cruzeiro conta na sua galeria de troféus com 4 Campeonatos Brasileiros, 4 Copas do Brasil, Recopa, Copa Ouro, Copa Master, Liga Sul-Minas dentre tantos outros. Com a maior torcida do estado, uma das maiores do Brasil e ainda os centros de treinamentos Toca da Raposa 1 (base) e Toca da Raposa 2 (profissional), o Cruzeiro nunca conheceu o que é um rebaixamento, um dos poucos no Brasil a manter-se nessa condição. A capacidade de expansão e possibilidade de novas conquistas mantêm o Cruzeiro entre os gigantes do futebol nacional.

Neste dia em que cantamos ao nosso Brasil: “Gigante pela própria natureza”(Assim como o Cruzeiro), comemoramos também a estreia da Raposa na Taça Brasil de 1966, torneio onde o Cruzeiro se sagraria campeão sobre o Santos com Pelé e tudo. Data especial, e sob o céu azul brasileiro onde cravejada está a constelação cinco estrelas, também podemos cantar a plenos pulmões: “A imagem do Cruzeiro resplandece”!

Por: Álvaro Jr