O que vi de Cruzeiro x Flamengo


O que vi de Cruzeiro x Flamengo - Foto: Daniel Ramalho / Terra - Cruzeiro Esporte Clube

Eliminado. Como incomoda essa palavra. Sobretudo quando o time dá esperança de que pode ser campeão.

Mas esta é a dura realidade do futebol: só um vence. E nem sempre o vencedor é o melhor.

Éramos, sim, melhores que o Flamengo. Tática, técnica e fisicamente, vivemos um momento bem superior. Isso, a tabela do Brasileirão revela bem.

Mas mata-mata é outra história. Eu havia escrito sobre isso ontem, inclusive.

E o Cruzeiro não soube jogá-lo. Com vantagem de 2 a 1, com gol fora valendo como critério de desempate, um time não pode se dar ao luxo de se retrair.

Foi o que o time celeste fez ontem. As razões, eu não sei. Provavelmente porque o adversário impôs isso em campo.

Será, porém, que não havia alternativas para se desvencilhar desse abafa imposto pelo Flamengo? Não me venham pôr a culpa disso no Marcelo Oliveira.

Na transmissão, pelo menos três vezes o repórter de campo noticiou que o técnico cruzeirense pediu que o time saísse de trás, que “agredisse” o adversário.

Não houve resposta em campo. O time, quase que de forma geral, não foi bem. Salvaram-se Fábio, Dedé e Bruno Rodrigo.

O Lucas Silva, que muitos torcedores esperneiam para que seja titular no lugar de Souza, sentiu o peso do jogo. Estava visivelmente nervoso, deixando espaços nas costas e errando muitos passes.

Nilton esteve bem na maior parte do tempo, mas vacilou na jogada do gol, ao não acompanhar Paulinho na linha de fundo.

Por outro lado, se Egídio não tivesse se aventurado numa daquelas subidas desembestadas, aquele espaço nas costas não existiria.

Não há o que destacar também nas figuras da frente. Everton Ribeiro esteve sumido durante praticamente todo o jogo. Saiu cansado(?), para a entrada de Martinuccio, que atuou menos tempo, mas melhor que o titular.

Borges e Willian também foram discretos. Pouco ameaçaram a meta rubro-negra. Não souberam vencer a forte marcação do adversário.

No lugar de Borges, entrou Vinícius Araújo, que perdeu duas boas oportunidades. Erro próprio de garoto que está subindo. Até amadurecer, isso ainda vai ocorrer outras vezes. Não dá para execrá-lo.

Quanto a Marcelo Oliveira, nome mais criticado da noite, penso o seguinte: montou um time em oito meses, é reconhecidamente entendedor de futebol e mais acerta do que erra. Ponto.

Estou com ele. Não caio nesse mimimi de torcedor de que o cara é atleticano, isso e aquilo.

A cornetagem contra o treinador comeu solta desde o apito final do árbitro. Não entendem, esses torcedores, que bom time não se monta da noite pro dia.

O Cruzeiro está no lucro. É líder do Brasileiro. Não precisou passar por vexames que Tite e Cuca passaram. Um ao ser eliminado pelo Tolima e outro ao perder por 6 a 1 para o rival, na última rodada do Brasileiro de 2011.

Olhem para esses dois rivais, Corinthians e Cocotas, e percebam que a persistência da diretoria no técnico é um dos segredos dos títulos recentes. Pensem, cornetas!

Dizem que, na vida, tudo tem um lado bom. Se é verdade, o bom de ter sido eliminado ontem é a oportunidade de focar 100% no Brasileiro, campeonato que nos resta no ano.

Para isso, porém, é preciso levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

Domingo já tem jogo. E é outra decisão. Esta valendo três pontos.

Só sei que estou #FechadoComOCruzeiro neste Brasileiro. E você?


O que vi de Cruzeiro x Flamengo - Foto: Daniel Ramalho / Terra - Cruzeiro Esporte Clube

O que vi de Cruzeiro x Flamengo


O que vi de Cruzeiro x Flamengo - Foto: Daniel Ramalho / Terra - Cruzeiro Esporte Clube

Eliminado. Como incomoda essa palavra. Sobretudo quando o time dá esperança de que pode ser campeão.

Mas esta é a dura realidade do futebol: só um vence. E nem sempre o vencedor é o melhor.

Éramos, sim, melhores que o Flamengo. Tática, técnica e fisicamente, vivemos um momento bem superior. Isso, a tabela do Brasileirão revela bem.

Mas mata-mata é outra história. Eu havia escrito sobre isso ontem, inclusive.

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