O time mudou e a torcida também


O time mudou e a torcida também - Foto: Arquivo/Estado de Minas

Sábado, 14h30min dia 22 de março de 2014 começava a “peladinha” com os amigos e alguns minutos depois senti uma fisgada no músculo adutor da coxa. De início achei que daria pra prosseguir jogando, mas com o passar do tempo a dor foi acentuando e os erros começaram a aparecer. Não que eu seja um craque da bola, mas erros de passes bobos foram ficando evidentes, sem contar na falha na marcação o que foi deixando meus amigos de time putos da vida e com isso vieram as reclamações, os xingamentos (até chegaram a dizer que eu estava jogando “quinem” o Egídio) e a pressão para que os acertos acontecessem.

Com isso fui me desgastando e ficando cada vez mais desmotivado a ponto de jogar na posição de goleiro até que não deu mais, em uma saída de bola a dor se tornou insuportável e restou-me sair de campo chateado com o falatório sobre minha atuação no dia. E foi na minha saída que veio o estalo nas ideias: – Esse jogo não vale nada e os caras já arrumam esse falatório imagino como não devem estar os jogadores do Cruzeiro.

Com esse pensamento que questiono a minha postura e a da china azul em relação ao apoio do time. Devo admitir que depois de um empate amargo contra o Defensor e uma atuação não satisfatória contra o Boa Esporte, a qualidade do time celeste foi posta à prova. Logo, as atitudes da torcida (não em sua totalidade) passaram a basear em apontar erros e questionar tanto jogadores, quanto comissão técnica com críticas e mais críticas nas redes sociais (depois da facilidade de acesso todos viraram especialistas em todos os assuntos). É através desses manifestos desenfreados de conhecedores do futebol que me pergunto: – Até que ponto a torcida pode interferir no time?

Quando relatei o ocorrido na “peladinha” acima foi com o intuito de mostrar que o que pode interferir em nosso rendimento também pode interferir no dos jogadores, ou alguém acha que eles são de outro planeta para não sentirem o peso da cobrança?

O fato é que o time do Cruzeiro mudou em relação a 2013 e com ele o perfil da torcida também. Onde estão os vídeos motivacionais, as mensagens de apoio e o grito de #FechadoComOCruzeiro? Isso tudo mexe com os caras. Lembro-me bem da final do Mineiro/2013 ondem perdemos o primeiro jogo para o timeco do outro lado da lagoa e o que se via era uma confiança inabalável da torcida que fez com que Dagol e Cia abrissem 2×0 no jogo de volta e o título só não veio por ironia do destino com o time que tínhamos e AINDA TEMOS.

Assim cabe somente a nossa torcida levantar a moral dos jogadores do Cruzeiro, repensar no modo de agir e de influenciar o time porque para cornetar, prejudicar e implantar crise já temos nossa “fortalecida” imprensa que todos sabem como atuam. Não espero que essa humilde opinião de um simples (apaixonado) torcedor tenha uma grande repercussão, mas para aqueles que lerem possa refletir melhor sobre a atual situação dos jogadores celeste afinal, eles precisam mais do que nunca daquele grito de NÓS SOMOS LOUCOS, SOMOS CRUZEIRO.