Quando o ídolo é a camisa


Os últimos dias o torcedor cruzeirense que também é consumidor de conteúdo, teve que engolir a seco uma série de homenagens  à um certo jogador de futebol do outro lado da lagoa.

O que não faltou foram matérias relacionadas ao lucro e a visibilidade que a marca do rival tiveram com a chegada do jogador midiático.

Foram mostradas as receitas de marketing, bilheteria e/ou qualquer outra que mostrasse como a marca X foi valorizada com a passagem desse jogador.

O que faltou é exatamente do que se trata esse texto: A comparação de um clube que vive de sua própria marca.

Primeiro, vamos pensar na parte administrativa do clube.  O Cruzeiro sempre esteve entre os clubes de menor dívida do Brasil, e muito disso se deve a política de comprar bem e vender melhor ainda.

O Clube fez muito dinheiro com jogadores que vieram da base ou apostas de times pequenos. Com isso, o patrimônio cresceu e tomou ainda mais notoriedade com a chegada da toca 2.

Como já dito antes, o Cruzeiro fez muito dinheiro com jogadores desconhecidos ou desacreditados, mas também fez grandes times copeiros com esses mesmos jogadores, afinal, para ser vendido tem que jogar.

Não é a toa que o Cruzeiro foi considerado o melhor clube brasileiro do século XX. ( Agora quero ver torcedor de outro clube falar que não vale nada. )

A marca Cruzeiro em 2014, com o mesmo time copeiro de outras épocas e sem ter o tal “ídolo-carrega-marca”, já é a oitava mais valiosa do Brasil e tende a crescer muito mais pelo trabalho desenvolvido pela atual diretoria.

Se compararmos apenas o momento atual dos dois principais clubes de Belo Horizonte, qualquer que for o comparativo o Cruzeiro vence.

  • Valor da Marca
  • Público Pagante
  • Renda

Um outro ponto interessante desse debate é que nenhum Cruzeirense tem a certeza do maior ídolo que vestiu a camisa azul estrela. Alguns vão falar Alex, outros Sorin, os mais antigos Tostão, Joãozinho, Piazza.

São tantos Tostões e Sorins que não existe uma verdade absoluta. Pra este que vos escreve, os que marcaram foram Marcelo Ramos, Geovani , Alex, Aristizabal.

No final das contas, depois de pensar nisso tudo eu só consigo pensar em um ídolo que é unanimidade entre os cruzeirenses.  A nossa camisa azul 5 estrelas.

Elas tornaram Ronaldos em fenômenos e Alexes em Talentos.

É sem sombra de dúvida a camisa mais bonita do futebol.  Impõe respeito aos adversários e aos que a vestem.

Como diria Roger Flores no fatídico jogo do nosso rebaixamento que terminou em 6×1:

“Se não tivesse nenhum jogador, só a camisa do Cruzeiro ia fazer o que a gente tá fazendo.” 

Por: Rafael Fajardo