Tríplice coroa em menos de um mês


Nesta foto, em que Serginho recupera uma bola quase que incapturável, durante a final da Supercopa, representa, para mim, todo o time do Sada Cruzeiro. Não há uma competição em que os jogadores não entrem para ser campeões!  A Raposa nem estreou na Superliga 2016/2017 e já levantou três troféus nesta temporada. Mesmo que a Supercopa possua um caráter mais festivo, de anúncio do campeonato nacional, a equipe celeste estava ali com fome de títulos e não deu chance para o Brasil Kirin levantar o caneco em seu lugar. O jogo aconteceu no sábado (29/10), em Fortaleza, cidade que não tem muito o costume de receber competições de vôlei. O Sada Cruzeiro venceu por 3 sets a 1 (parciais de 18/25, 25/18, 25/21 e 25/20) e chegou ao bicampeonato na Supercopa.

Heptacampeão Mineiro no início de outubro e com apenas uma semana da conquista do Mundial de Clubes, a Raposa segue mostrando domínio no cenário nacional. Com o terceiro título conquistado em cerca de 20 dias – o time cinco estrelas já havia levado o sétimo título Mineiro no dia 7 de outubro e o tricampeonato Mundial no domingo, 23 – o Sada Cruzeiro mostra que a temporada, que está apenas começando, pode ser histórica para a equipe.

Sada Cruzeiro é bicampeã da Supercopa. Foto: LC Moreira Inovafoto CBV

Sada Cruzeiro é bicampeã da Supercopa. Foto: LC Moreira – Inovafoto/CBV

Vale destacar a atuação do ponteiro Rodriguinho neste início de temporada, que teve a missão de substitui Filipe, jogador já consagrado no Cruzeiro e que sofreu uma lesão ao longo do Mundial. Com apenas 20 anos, o jovem formado na base celeste, assumiu a responsabilidade de segurar o passe do time ao lado do experiente Serginho e terminou o torneio com a décima melhor recepção, entregando mais bolas nas mãos do levantador – o chamado passe A – do que o terceiro colocado no ranking.

Desde 2010 a equipe celeste disputou 30 campeonatos, com 28 finais e incríveis 24 troféus conquistados. Outro fator para se comemorar, é  que mesmo com as mudanças sofridos no elenco – a saída de Wallace e Éder e a chegada de Simon e Evandro – que tem sido maior pontuador em várias partidas, não fez com que a postura da equipe mudasse. E a temporada segue muito parecida com a atuação perfeita da última, em que a equipe celeste recebeu o título de Campeã de Tudo.

Os desafios não param por aí. O Sada Cruzeiro ainda tem pela frente um Sul-Americano, a Copa Brasil e o mais longo e, acredito,  difícil dos campeonatos: a Superliga. O campeonato nacional vai começar para o Cruzeiro no próximo sábado (5/11), às 14h. O JF Vôlei será seu primeiro adversário e a partida acontecerá em Juiz de Fora, na UFJF e terá transmissão da RedeTV.

Incentivo para o vôlei feminino
E como falado ontem (31/10), por João e Vander, durante o programa Guerreiros em Debate, da rádio GDG , a equipe feminina do Sada Betim estreou na Taça de Prata, evento que terá seis times em dois grupos e que dará quatro vagas na Superliga B, competição de acesso à elite do país.

Para quem não conhece, o elenco é recente e formado por algumas jogadoras de Betim e outras oriundas da equipe de Itabirito, campeã do Jimi em 2015 e 2016 e que também disputou a Superliga B deste ano. E na comissão técnica do Sada Betim, nomes conhecidos do vôlei da região, como o supervisor Antonio Fernando Santos, o Toninho, que cuidou do time masculino nos primeiros anos na cidade. O treinador é Giuliano Sucupira, que também foi técnico interino do Sada Betim por uma partida, em 2007. A estreia aconteceu ontem, às 19h30 contra o Grêmio Barueri, equipe do técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães. E não deu para as meninas, que perderam por 3 sets a 0 (parciais de 25×18, 25×18 e 25×10). O próximo adversário da chave é o Bradesco-SP.

Assim, como o Sada Cruzeiro se tornou a potência que é com a ajuda financeira do clube celeste, o time feminino também precisa de um incentivo. O projeto é novo e precisa de um apoio. O time masculino é prova de que é um bom investimento para o nome do Cruzeiro, com jogadores disputando campeonato mundial e atletas representando a seleção brasileira, como foi nas Olimpíadas do Rio, o nome do Cruzeiro esteve no cenário olímpico. A Raposa já possui competidores no atletismo, bocha, futebol, voleibol masculino… Está se tornando uma agremiação poliesportiva brasileira. Alô, Mediolli, Gilvan… o incentivo ao vôlei feminino é uma boa estratégia para o clube!

Por: Aline Reis
Foto: LC Moreira – Inovafoto/CBV