Um golzinho não pode estragar a festa


Salve nação celeste! Estou extremamente orgulhoso do Cruzeiro. Os elogios que vi a atuação do clube na partida contra a Universidad do Chile, tanto da imprensa brasileira quanto da chilena (que chegou a qualificar o futebol celeste como o melhor desta Libertadores)  servem para percebermos que o time está no caminho certo na Libertadores.  

Tudo começou a dar certo a partir da escalação. Adílson não inventou e jogamos com a formação tradicional que torna o Cruzeiro praticamente imbatível no Mineirão. A grande aposta do treinador na partida foi Soares, decisão que se mostrou acertada pela movimentação do atacante na área e pelo gol marcado pelo atleta. Infelizmente, Soares se machucou ao final do primeiro tempo e saiu para a entrada de Thiago Ribeiro. Segundo Soares, no entanto, a lesão não foi grave.

Depois do gol celeste a Universidad até ameaçou uma pressão, mas seu ataque parou em um Fábio que estava em uma de suas melhores noites com a camisa celeste. E assim foi até o fim do primeiro tempo. Alguns perigosos ataques da Universidad do Chile de um lado e jogadas bem trabalhadas e boas chances de gol para o Cruzeiro.

No segundo tempo o Cruzeiro retomou por completo o controle da partida e pressionou até o segundo gol com Marquinhos Paraná. A pressão celeste se manteve mesmo com a entrada de Athírson no lugar de Wágner. O nosso lateral esquerdo, inclusive, esteve perto de marcar o terceiro gol do Cruzeiro.

A entrada de Jancarlos no lugar de Jonathan, porém, abriu uma avenida na nossa lateral direita. Definitivamente, Jancarlos não fez uma boa partida e começa a ser questionado por boa parte da torcida. E, sinceramente, passou da hora do atleta corresponder. A Universidad do Chile, que não tem nada a ver com isso, aproveitou-se da situação e em jogada pela direita da defesa celeste diminuiu com Villalobos aos 40 minutos do 2º tempo. Na saída de bola, a Universidad até ameaçou pressionar o Cruzeiro que, com calma, manteve a bola no ataque até a expulsão de Ollarda por falta violenta em Ramires.

Por falar em falta violenta, como bate este time da Universidad do Chile heim? Fico impressionado como as equipes precisam abusar da violência para parar o Cruzeiro. Foi assim contra o Deportivo Quito, o Atlético-MG e nesta partida contra a Universidad. Felizmente, o Cruzeiro tem respondido a violência com futebol, com exceção da partida contra o D. Quito, e mostrado que no final das contas, quem vence é o time que joga bola.

No Mineirão, o Cruzeiro pode até perder por 1 a 0 que fica com a vaga. Não acredito que a Universidad do Chile consiga fazer mais de um gol no Cruzeiro em pleno Mineirão e ainda por cima não sofrer nenhum. O gol da equipe chilena no finalzinho até que esfriou um pouco a festa celeste, mas não é motivo para desespero. É até bom que incentiva o nosso clube a buscar dar espétaculo para a torcida que deve lotar o Mineirão na próxima quinta. Agora, no entanto, é voltar os olhos para o Brasileirão e ir pra cima na estreia contra o Flamengo porque este ano eu quero, e a torcida celeste toda também quer, ser campeão de tudo.