A verdadeira batalha é dentro de campo


Amanhã é um dia histórico. Pela primeira vez, o clássico mineiro decidirá um título nacional, algo gigantesco para o nosso futebol. Porém, nesses dias que antecedem os primeiros 90 minutos da decisão, o extracampo tem chamado mais a atenção do que a análise tática ou técnica.

Incompetência, infantilidade, amadorismo; chamem do que quiser. O que a diretoria do rival tem feito para obter uma certa “vantagem” nessa final é algo que beira o absurdo. Não pensando na própria torcida e em uma boa renda, o que aliviaria as contas do clube campeão de dívidas no Brasil, levaram o seu direito de mando de campo para o Independência, para 20 mil pessoas, e exigiram os 10% dos ingressos no jogo da volta, contrariando o que o próprio presidente adversário disse perante o Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Um clássico nos moldes daquele realizado no dia 03 de fevereiro de 2013, na reabertura do Mineirão, era idealizado pela maioria dos integrantes das duas torcidas. Naquela época, apesar de todos os problemas estruturais da nova arena, o clássico correu sem maiores problemas. A Polícia Militar, por sinal, garantiu a segurança, caso as duas partidas da final da Copa do Brasil fossem realizadas no Gigante da Pampulha em divisão igual.

Tudo isso faz parte de um pacote de desestabilização promovido pelo adversário. Essas situações têm, a cada dia mais, inflamado a torcida celeste, gerando aversão total aos responsáveis por tais atitudes. Porém, China Azul, é hora de pensar com a razão, com bastante calma.

Se há uma tentativa de promover uma guerra pelo adversário, vamos jogar com o nosso melhor. Vamos fazer a maior festa possível no Mineirão, no dia 26. Apoiar, gritar, cantar, até perdermos a nossa voz, até o último fôlego que restar. Que os 10% deles que estarão, muito provavelmente, no nosso estádio se calem perante o som ensurdecedor da nossa torcida. Não nos querem no Horto? Nós fazemos questão de que vocês estejam no Mineirão, a fim de que vejam do que é capaz a China Azul.

A segunda parte, tão importante quanto a primeira, depende dos jogadores em campo. É a hora da superação, é a hora de ir além. Compreendo o quanto a temporada tem sido desgastante, e já valorizo o esforço feito até o presente momento; no entanto, esse esforço feito depende de um último sprint, para que tudo tenha a sua devida recompensa. É hora de usar a alma, o coração. É hora de brigar por cada bola, como se fosse a última. É a hora de usar as nossas maiores virtudes, ao longo da história: a técnica, o toque de bola e a frieza.

Nosso conjunto ‘torcida + time’ é capaz de superar toda e qualquer adversidade, toda e qualquer guerra proposta pelo adversário. O mais importante é o futebol, e não vamos cair em picuinha de dirigente que se acha o maioral. Se vamos responder, que seja na bola, na raça, na técnica, no canto!

É hora de sermos mais Gigantes do que nunca, China Azul. E juntos somos, indiscutivelmente, mais fortes.

Guerra extracampo? De jeito nenhum; nós queremos o PENTA!

Por: Pedro Henrique Paraiso