Confiar em Papai Joel seria o “fim da linha”?


Após mais um empate, o Cruzeiro se mantém na zona de rebaixamento, e não foi parar na lanterna do campeonato por causa dos outros resultados. Todos veem necessidade de mudanças urgentes – mas Joel Santana não é a solução necessária, nem a única coisa a fazer.

Foto: VipComm/Divulgação/InternetTenho muita coisa para falar, mas antes de ir direto ao assunto, vou fazer um pequeno resumo do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 2011, porque parece que tem alguns fingidos que não enxergam a verdade.

Cinco partidas sem vitórias. Três empates ridículos, três míseros pontos, que seriam mais, pois em dois jogos o Cruzeiro saiu na frente e sofreu gols bestas. As falhas individuais se alternam com as coletivas. Os jogadores de destaque não estão jogando nada. A distância para os líderes aumenta a cada rodada. A zona de rebaixamento é uma dura realidade.

Qualquer pessoa com o mínimo de inteligência, com o mínimo de vergonha na cara e respeito à torcida, enxergaria que o Cruzeiro está, sim senhor, precisando URGENTEMENTE de mudanças drásticas.

E por acaso Joel Santana é a solução encontrada por esta “diretoria covarde”?

Para mim, apenas um treinador “folclórico” (os vídeos dele falando alguma língua “parecida com o inglês”, na África do Sul, vão render muitas piadas daqui pra frente). Seu último trabalho foi bom, porque não é fácil colocar um elenco fraco como o do Botafogo brigando na metade de cima da tabela, no ano passado. Entretanto, isto não é suficiente para que o considere um bom treinador. É um ex-boleiro, fala a língua dos atletas, estilo paizão, pouca coisa além disto.

Vamos ser honestos: time de futebol que quer vencer títulos importantes, tem que ter jogadores de verdade, de qualidade. E jogador de futebol, neste alto nível, também é exigente – quer ver no banco de reservas um treinador em que possa confiar e que dê resultado, senão a vaca vai pro brejo mesmo.

Ano passado Cuca pegou o Cruzeiro arrasado, após a saída de Adílson Batista, e fez praticamente este mesmo elenco vice-campeão brasileiro, a apenas dois pontos do título. Este ano, com quase os mesmos jogadores, o time foi sensacional na Libertadores.

Aconteceu “alguma coisa”, desde a derrota para o Once Caldas, e o time saiu dos trilhos. Esta “alguma coisa” ninguém sabe direito o que é, ninguém confirma nada, ninguém nega, são apenas especulações. Mas aconteceu, e o time está mal.

Tomara que o “Papai Joel” recoloque o Cruzeiro no rumo certo. Não o contrataria, não acho ele a solução ideal, nem a única coisa a fazer. No atual Cruzeiro falta jogador, falta presidente, falta vice-presidente, falta diretor de futebol, e por aí vai…

Esta é a minha visão, com base apenas nos fatos, um triste e revoltante retrato do atual Cruzeiro em 2011. Quem quiser, pode ficar contra, pode me chamar de “corneta”, pode me criticar, pode me xingar, pode continuar indo no estádio de camisa e bandeira na mão, com o discurso de sempre “tem que apoiar e incentivar sempre”, como se nada estivesse errado.

Para falar a verdade, estou torcendo muito para acontecer o mesmo que no ano passado, quando eu “queimei a língua” – fui contra a vinda de Cuca, mas com ele o Cruzeiro reencontrou o caminho das vitórias. Espero que com Joel Santana seja a mesma coisa, e torço muito para que estes torcedores que hoje me chamam de “corneta”, não venham no futuro reclamar se o time continuar na lama.

Abraços a todos.

P.S.: Em tom de puro desabafo, vou dar uma opinião, para finalizar esta coluna, se quiserem podem discordar. A cada dia que passa, é mais difícil acreditar que a atual diretoria do Cruzeiro vai fazer um time vencedor e que dê orgulho para a torcida. E a cada dia que passa eu tenho mais nojo e raiva de todos naquela diretoria. Zezé tem olhos somente para duas coisas: sua fazenda em Morada Nova de Minas, e o seu filho, o “dirigente de futebol inventado” e agora deputado. Dimas Fonseca? Outra piada, parece um soneca, só de olhar dá sono, não entende nada dentro das quatro linhas.