Da paixão a cegueira


Paixão: algo forte, abstrato, indecifrável. É pura, mas, muitas vezes, pode causar cegueira. Ser apaixonado por um time de futebol é algo comum no Brasil, muito comum! Amar um clube, as cores da camisa, sentir o gosto da vitória e da derrota. Chorar, rir e se EMOCIONAR com uma partida de futebol.

Mas será que esse amor pelo clube é maior que tudo?

Muitas pessoas se esquecem (talvez, pelos muitos mercenários que existem no meio), mas jogador de futebol é um ser HUMANO! Não é um robô que está ali para cumprir uma função. Tem sentimentos e carências que o altíssimo salário que ganham não consegue preencher.

Na entrevista concedida por Gilberto à rádio Itatiaia, pude entender de uma forma clara o momento de dúvida em que o jogador passa. O lado profissional, o respeito pelo clube, e a adaptação a Belo Horizonte, pesam a favor do Cruzeiro. Entretanto, a solidão que sente ao chegar em casa, o faz pensar duas vezes na hora de tomar a decisão entre o Botafogo e o clube estrelado.

Gilberto, saiba que grande parte da torcida o quer ver aqui, feliz! Se decidir por ficar, a outra parte voltará a te apoiar, logo quando fizer outra apresentação exuberante. Se decidir por ir, saiba que respeitamos sua decisão, e que você continuará sendo admirado por ter sido um jogador leal ao maior clube de Minas Gerais.

Concluo, com a consciência tranquila, que, se decidir deixar o Cruzeiro, não será um abandono e um desrespeito a um clube GIGANTE do futebol brasileiro, e sim uma atitude de um homem que possui uma família e quer estar ao lado dela.