Já dormimos demais. Vamos ligar o despertador!


Na minha coluna anterior, disse que a sequencia inicial do campeonato brasileiro seria complicada para o Cruzeiro e que, destes dezoito pontos que estariam em jogo, esperava que o Cruzeiro conquistasse , pelo menos, quatorze. Conta que seria a ideal para se manter entre os primeiros colocados, e não deixar quem está mais atrás se aproximar.

Foto: VipCommMas o que se viu nestas primeiras duas rodadas foi digno dos melhores filmes de terror.  Nestes primeiros seis pontos disputados, conquistamos um, perdemos cinco e lá se vai a conta que poderia nos deixar em situação melhor.

No primeiro jogo contra o Figueirense, fiquei impressionado com os erros de passe e a falta de pontaria do nosso ataque. Isso sem contar a falha de Fábio e Marquinhos Paraná que resultou no gol que nos derrotou naquele jogo. De brinde para o Figueirense, ainda consagramos seu goleiro, Wilson.

Veio o jogo contra o Palmeiras e, nele, a esperança de conquistarmos um bom resultado, mostrando que o acontecido contra o Figueirense foi apenas um acidente de percurso. Mas o que se viu, mais uma vez, foi uma quantidade sem número de passes errados, justamente em nosso setor que é o mais invejado do país – e mais uma vez consagramos o goleiro adversário que também fez defesas inacreditáveis.

Pior do que isso foi a ineficiência de Brandão, que no primeiro tempo foi o jogador que cometeu mais faltas pelo Cruzeiro: oito no total. Sem contar que todas as bolas que eram direcionadas a ele voltavam como se nossos jogadores estivessem chutando a bola numa parede. Não tínhamos uma jogada de pivô, não vi aquela jogada aguda de linha de fundo, procurando o que seria nosso atacante-referência (?). Foi preciso Cuca lançar o atacante Anselmo Ramon, que aos dois minutos do segundo tempo perdeu uma chance incrível. Até entendo, a bola quicou antes, era o primeiro jogo do cara no profissional pelo Cruzeiro e estreia contra um grande clube.

Ele sim, foi uma grata surpresa no jogo, fez jogadas que há tempos não via no Cruzeiro. Ele sabia segurar a bola no ataque, soube jogar de costas para a zaga adversária, fez o pivô, marcou o gol de empate e se não tivesse tido a fatalidade de perder aquele gol logo no início do segundo tempo, acho que nunca mais ouviríamos o nome do Brandão nas relações para os jogos.

Agora estamos chegando na terceira rodada. Vamos encarar o Fluminense fora de casa, no Engenhão, onde, desde que foi inaugurado, nenhum time mineiro conquistou vitória. Ano passado, contra o Botafogo, foi por pouco; se o juiz não tivesse inventado aquele pênalti mandraque que Loco Abreu converteu…

Neste jogo, amigos, mais dificuldades. Fluminense vai completo e com o apoio de sua torcida. Nós iremos a campo com quatro desfalques. Fábio, Victorino, Henrique e Roger.

Chegou a hora de Cuca não inventar volantes nas laterais. Vi que nestas duas primeiras rodadas a torcida perdeu a paciência com Paraná exercendo esta função. Vamos parar de inventar, já que temos jogadores para a posição. Escalaria o time com Rafael, Vitor, Léo, Gil e Diego Renan. Fabrício, Paraná, Gilberto e Montillo. Wallyson e Thiago Ribeiro. Com a orientação para Diego Renan não apoiar tanto e guardar mais o lado esquerdo.

Esta é a escalação ideal para o Cruzeiro para este jogo, e nada me convence do contrário. Espero que Cuca não me faça ficar receoso, colocando em campo outra formação.

Terceira rodada, jogo importante. Passou da hora do Cruzeiro acordar no campeonato, e fazer valer em campo o que todo mundo no país inteiro diz. Favorito.

Acorda Cruzeiro. Vamos fazer três pontinhos e fazer a China Azul feliz!

É isso ae!